A felicidade é um estado de bem-estar que muitas vezes associamos a sentimentos de alegria e satisfação. No entanto, conforme frisa o especialista Nuno Coelho, os hormônios do estresse, especialmente o cortisol, podem ter um impacto significativo na nossa capacidade de sentir felicidade.
Esses hormônios, produzidos em resposta ao estresse físico e emocional, podem alterar a forma como o nosso cérebro processa as emoções, afetando diretamente a sensação de bem-estar. À vista disso, em seguida, exploraremos como o cortisol e outros hormônios do estresse influenciam a nossa felicidade e como podemos gerenciar seus efeitos.
Cortisol: o hormônio do estresse e sua influência no bem-estar emocional
Segundo Nuno Coelho, o cortisol é conhecido como o hormônio do estresse porque é liberado em resposta a situações estressantes, sejam físicas ou emocionais. Quando o corpo está sob estresse, o cortisol ajuda a preparar o organismo para a “luta ou fuga”, o que é útil em situações de perigo imediato. Porém, quando os níveis de cortisol permanecem elevados por longos períodos, como em casos de estresse crônico, ele começa a afetar negativamente o bem-estar emocional.
A relação entre o cortisol e o bem-estar emocional é complexa. Níveis elevados desse hormônio estão associados à ansiedade, depressão e até mesmo à dificuldade de sentir emoções positivas, como a felicidade. Isso ocorre porque o excesso de cortisol pode alterar a maneira como o cérebro processa e responde às emoções, levando a uma sensação de esgotamento emocional e uma diminuição na capacidade de experimentar momentos felizes.
Relação entre níveis elevados de cortisol e redução da sensação de felicidade
De acordo com o especialista Nuno Coelho, quando o cortisol está elevado por um longo período, ele interfere diretamente nas áreas do cérebro responsáveis por regular o humor e as emoções. O córtex pré-frontal, que desempenha um papel fundamental na nossa capacidade de tomar decisões e processar emoções, é uma das regiões mais afetadas pelo cortisol. A exposição contínua a altos níveis desse hormônio pode enfraquecer essa região, prejudicando a capacidade de regular emoções e de sentir felicidade de maneira plena.
Além disso, o estresse crônico e o excesso de cortisol podem reduzir a atividade de neurotransmissores como a dopamina e a serotonina, que são fundamentais para a sensação de bem-estar e felicidade, como comenta Nuno Coelho. Quando esses neurotransmissores estão em níveis baixos, a pessoa pode se sentir apática, desmotivada e com uma menor capacidade de apreciar as coisas boas da vida, o que contribui para a redução da sensação de felicidade.
Quais estratégias são utilizadas para reduzir os níveis de hormônios do estresse?
Embora o impacto dos hormônios do estresse sobre a felicidade seja significativo, existem estratégias que podem ajudar a reduzir os níveis de cortisol e promover o bem-estar emocional, conforme pontua o especialista Nuno Coelho. Uma das principais formas de combater o estresse é através da prática regular de exercícios físicos, que não só ajudam a reduzir o cortisol, mas também aumentam a produção de endorfinas, conhecidas como os “hormônios da felicidade”.
Além do exercício, a meditação e outras técnicas de relaxamento, como a respiração profunda, também podem ser eficazes para reduzir o estresse e melhorar a capacidade de sentir felicidade. Essas práticas ajudam a acalmar a mente, reduzir a produção de cortisol e permitir que o cérebro se concentre em emoções mais positivas e construtivas.
A necessidade de controlar os níveis do cortisol
Em conclusão, os hormônios do estresse, especialmente o cortisol, têm um impacto direto na nossa capacidade de sentir felicidade. Pois, quando elevados, eles reduzem a atividade de neurotransmissores como a dopamina e a serotonina, afetando as funções cognitivas ligadas ao bem-estar emocional. Entretanto, com alguns exercícios é possível reduzir os níveis de cortisol e mitigar seus danos.