Os vinhos fortificados são verdadeiras joias do mundo enológico, conhecidos por seu sabor intenso e teor alcoólico elevado. Segundo o empresário Sidnei Piva de Jesus, diferentes dos vinhos comuns, eles passam por um processo único de fortificação, que adiciona aguardente vínica durante a fermentação. Isto posto, entre os mais famosos estão o Porto, de Portugal, e o Jerez (ou Xerez), da Espanha, mas existem outros tesouros como o Madeira e o Marsala. Com isso em mente, nesta leitura, vamos explorar o que são esses vinhos, como são produzidos e onde surgiram.
O que são vinhos fortificados?
Vinhos fortificados são bebidas enriquecidas com aguardente vínica, o que aumenta seu teor alcoólico e interrompe a fermentação. De acordo com Sidnei Piva de Jesus, esse processo preserva os açúcares naturais da uva, resultando em um sabor mais doce e encorpado. Além disso, a adição de álcool também contribui para uma maior longevidade, permitindo que esses vinhos envelheçam por décadas.

Por fim, diferentes estilos de vinhos fortificados existem, variando entre secos, meio-secos e doces. Enquanto o Porto é conhecido por sua doçura e notas de frutas escuras, já o Jerez pode ser mais seco e complexo, com nuances de nozes e especiarias. Outros exemplos incluem o Madeira, de Portugal, e o Marsala, da Itália, cada um com características únicas.
O Madeira se destaca por seu processo único de envelhecimento sob calor, conhecido como estufagem, que desenvolve sabores de caramelo e frutas secas. Já o Marsala possui um perfil versátil, indo do seco ao doce, com notas de tâmaras e especiarias, sendo muito usado na culinária italiana, como pontua o empresário Sidnei Piva de Jesus.
O processo de produção dos vinhos fortificados
O segredo dos vinhos fortificados está no processo de fortificação, que ocorre durante a fermentação. Quando parte do açúcar da uva ainda não foi convertido em álcool, adiciona-se aguardente vínica, interrompendo a fermentação e mantendo os açúcares residuais. O que resulta em um vinho mais alcoólico (entre 15% e 22%) e com um perfil de sabor mais concentrado.
Além disso, conforme informa Sidnei Piva de Jesus, muitos vinhos fortificados passam por envelhecimento em barris de carvalho, que contribuem para sabores mais complexos. O Jerez, por exemplo, pode ser envelhecido sob um sistema de solera, onde vinhos de diferentes idades são misturados. Já o Porto é frequentemente armazenado em tonéis por longos períodos, desenvolvendo aromas ricos de frutas secas e chocolate.
Onde surgiram os vinhos fortificados?
A história dos vinhos fortificados remonta ao século XVII, quando mercadores europeus buscavam formas de preservar o vinho durante longas viagens marítimas, como comenta o empresário Sidnei Piva de Jesus. Assim sendo, Portugal e Espanha se destacaram nessa técnica, dando origem ao Porto e ao Jerez, respectivamente.
Sabores que resistem ao tempo
Em suma, os vinhos fortificados são verdadeiros tesouros da enologia, combinando tradição, sabor e história em cada gole. Seja o doce Porto, o complexo Jerez ou outras variedades como Madeira e Marsala, cada um tem uma identidade única. Então, se você ainda não experimentou, vale a pena explorar essas joias alcoólicas e descobrir o porquê delas terem conquistaram o mundo.
Autor: Stybil Ouldan